quinta-feira, 13 de maio de 2010

A menina dos cabelos Loiros


Era naquela aldeia, perto de uma barragem, muito bonita, cheia de flores, árvores, com água muito verde e suja, onde os patos da mais variável especie nadavam, que vivia uma menina cujo o nome ninguém sabia. Chamavam-lhe a menina dos cabelos loiros, porque os seus cabelos eram longos, lisos, loiros, e muito suaves. Aquela menina, tinha uma beleza indescritível. Os seus olhos esverdeados encantavam toda a aldeia, tinha uma cor de pele linda, não muito escura, nem muito clara. E lá ia a menina dos cabelos loiros, passeando pelos campos que envolviam aquela aldeia cheia de alegria, trazia junto da sua orelha uma flor, que um rapaz lhe tinha oferecido. Vinha calma e, desta vez, tinha um sorriso que transparecia tristeza. As lágrimas, corriam-lhe pelo rosto, sem ela sequer dar conta. Quando chegou a casa, a sua mãe, reparou que os seus olhos estavam vermelhos, e deduziu que estivesse estado a chorar. E perguntou-lhe o porquê. A menina dos cabelos loiros, olhou para a mãe, logo a seguir, desviou o seu olhar para o chão e encolheu-se. Pediu permissão para ir para o seu quarto, e lá foi.

Quando chegou ao quarto, a vontade de chorar era tanta, que se deitou na sua cama, chorava e soluçava. E pensava naquele pobre cavalinho, que viu quando foi passear pelo campo, cheio de dores, devido aquele acidente que teve. O seu pelo estava sujo, mal tratado… A menina quando o viu, só queria traze-lo para casa, cuidar dele, e tratar daquela ferida que tinha. Mas ela não podia contar a ninguém, porque provavelmente, teriam de abater o pobre cavalo. Então, no dia seguinte, logo pela manha, a menina pediu à sua mãe, para lhe preparar o almoço, e para o colocar dentro de uma cesta, deu como desculpa que ia fazer um piquenique. A sua mãe acreditou. A menina, foi à casa de banho, enquanto a sua mãe lhe preparava o almoço, e tirou tudo o que necessitava para tratar do cavalo. Desde de ai, todos os dias ia ter com ele, tratava-o e dava-lhe de comer e de beber. Até que a certa altura, o cavalo ficou bom da sua ferida. Estava gordo e forte, e o seu pelo branco, brilhava como um cristal. E daí adiante, todos os dias a menina dos cabelos loiros, ia visitar aquele seu amigo, com quem ela passeava e brincava, mas sempre as escondidas dos seus pais.

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