sábado, 15 de maio de 2010

eu sabia que deus me ia ajudar!

Toda a minha infância foi vivida com alegria, contentamento, talvez porque era pequena e não me apercebia das coisas. Mas a certa altura comecei-me a aperceber que a vida não é um mar de rosas, tal como eu pensava, não é como aquelas histórias que me contavam na creche, e que tinham sempre um final feliz, com grandes festas… a vida não é nada disso, é completamente o contrário, é cruel, injusta… tenho 13 anos, e já tenho um bela história de vida para contar, uma história, talvez de uma vida inteira, porque o que eu passei em 13 anos, provavelmente, um pessoa vive numa vida inteira. A vida fez-me crescer rápido de mais, não tive tempo de saborear o que realmente é ser criança, fui feliz durante bastante pouco tempo, esse tempo passou demasiado depressa, devia de ter sido mais longo, mas a vida proporcionou-se desta maneira, talvez, se fossemos uma família unida, conseguíamos passar este obstáculo que Deus nos pôs no nosso caminho, mas não. E como não somos essa família ‘unida ‘, cada um sofre da sua maneira. Depois, a frente das pessoas de fora, para que pareça que está tudo bem, faço grandes sorrisos (forçados), enquanto me apetece chorar, gritar, e pedir em voz bem alta, a Deus, que me ajude, que ajude a minha família.
Toda a gente tem problemas, é verdade, mas é os adultos que têm esse tipo de problemas. Eu sou um adolescente!, e os meus problemas, deviam de ser com a escola, com as amigas, com os rapazes, mas não, porque os meus problemas, são problemas de uma pessoa adulta. Eu não sei aonde hei-de ir buscar forças para superar esta caminhada, (com o seu fim muito afastado ou perto, não se sabe…) sem ninguém me apoiar, e a dar-me força para continuar!
Os meu olhos estão envelhecidos, vermelhos, enrugados de tanto chorar. Noites com pesadelos. Dias sempre a pensar na mesma coisa. Quando estou a fazer algo, que exige a minha concentração, e em que o silencio se instala (como por exemplo nos testes), eu não me consigo concentrar, pois, mesmo que o meu corpo esteja ali, a minha mente está noutro sitio, está em constante pensamento nestes problemas, que não deviam de ser os meus problemas, mas são…
Por favor, neste momento, não peçam muito de mim, porque não vou ser capaz de o dar.
Por favor meu Deus, ajude esta família, a minha família, a superar tudo isto.
Peço-lhe.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A menina dos cabelos Loiros


Era naquela aldeia, perto de uma barragem, muito bonita, cheia de flores, árvores, com água muito verde e suja, onde os patos da mais variável especie nadavam, que vivia uma menina cujo o nome ninguém sabia. Chamavam-lhe a menina dos cabelos loiros, porque os seus cabelos eram longos, lisos, loiros, e muito suaves. Aquela menina, tinha uma beleza indescritível. Os seus olhos esverdeados encantavam toda a aldeia, tinha uma cor de pele linda, não muito escura, nem muito clara. E lá ia a menina dos cabelos loiros, passeando pelos campos que envolviam aquela aldeia cheia de alegria, trazia junto da sua orelha uma flor, que um rapaz lhe tinha oferecido. Vinha calma e, desta vez, tinha um sorriso que transparecia tristeza. As lágrimas, corriam-lhe pelo rosto, sem ela sequer dar conta. Quando chegou a casa, a sua mãe, reparou que os seus olhos estavam vermelhos, e deduziu que estivesse estado a chorar. E perguntou-lhe o porquê. A menina dos cabelos loiros, olhou para a mãe, logo a seguir, desviou o seu olhar para o chão e encolheu-se. Pediu permissão para ir para o seu quarto, e lá foi.

Quando chegou ao quarto, a vontade de chorar era tanta, que se deitou na sua cama, chorava e soluçava. E pensava naquele pobre cavalinho, que viu quando foi passear pelo campo, cheio de dores, devido aquele acidente que teve. O seu pelo estava sujo, mal tratado… A menina quando o viu, só queria traze-lo para casa, cuidar dele, e tratar daquela ferida que tinha. Mas ela não podia contar a ninguém, porque provavelmente, teriam de abater o pobre cavalo. Então, no dia seguinte, logo pela manha, a menina pediu à sua mãe, para lhe preparar o almoço, e para o colocar dentro de uma cesta, deu como desculpa que ia fazer um piquenique. A sua mãe acreditou. A menina, foi à casa de banho, enquanto a sua mãe lhe preparava o almoço, e tirou tudo o que necessitava para tratar do cavalo. Desde de ai, todos os dias ia ter com ele, tratava-o e dava-lhe de comer e de beber. Até que a certa altura, o cavalo ficou bom da sua ferida. Estava gordo e forte, e o seu pelo branco, brilhava como um cristal. E daí adiante, todos os dias a menina dos cabelos loiros, ia visitar aquele seu amigo, com quem ela passeava e brincava, mas sempre as escondidas dos seus pais.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

- last

Eu amo-te, és a minha melhor amiga, aquela que é a única em que eu confio e que me compreende, a que está sempre presente, aquela pessoa que eu quero passar o resto da minha vida, até morrer, tal como prometemos. Eu sei que não sou perfeita e que tu também não queres que eu o seja, eu sei que sim. Eu sei que não sou a melhor amiga que alguém pode ter. Eu lamento-me por isso todos os dias, mas eu sou assim e não vou mudar. Porque há muitas pessoas, incluindo-te a ti, que gostam de mim assim, tal como eu sou, com os meus defeitos e com as minhas qualidades (sei que os defeito são mais). Mas tens que compreender que eu tenho mais amigas, também gosto de estar com elas. Quando estou contigo, elas queixam-se, quando estou com elas, tu queixas-te. Gostava de me dividir em dois, mas não consigo. Sim, tu és mais importante do que elas, mas elas também o são! Agora só te peço uma coisa, compreende-me. Já tiveste no meu lugar, sabes o que eu estou a passar.