sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

TrêsDeDezembro

Estava com elas, como de habitual, na hora de almoço. A estudar e a brincar com elas. Brincadeiras tontas e parvas. E foi assim a minha hora de almoço de hoje, sexta-feira. Igual a todas as outras. Ate que me deitei ao colo da Mélissa, ela agarrou-me por traz e ficamos assim alguns minutos. Até que ele me mandou uma mensagem, e dizer que não podia vir ter comigo porque o porteiro não o deixava entrar. Fiquei triste como era de esperar, trocamos mais algumas mensagens. Der repente, senti algo, algo que sinto quando alguma coisa acontece contigo. Desta vez era mais forte, mais forte que de todas as outras vezes. E daí, nunca mais respondes-te as mensagens. Fiquei preocupada, muito mesmo. Pensei que algo se tinha passado contigo. Já tinha tocado, e fui andando para a sala, para fazer o teste. Enquanto esperava a professora, pus os fones, e comecei a ouvir aquela balada de sempre. A Joana veio falar comigo, de seguida a Bábá, e nada adiantou. Até que a professora entregou o teste, começou a ler as questões, e a dar as cotações. Fui fazendo alguns dos exercícios, os que não exigia de mim, uma maior concentração. Estava toda a tremer, não muito, mas o suficiente para estar noutro mundo que não naquele, apenas pensava se estaria tudo bem contigo. De repente comecei a ficar dormente, deixei de sentir as mãos, as pernas... apenas o que sentia, era o estômago que me doía bastante. Comecei a chorar. Notaram por mim, e levantaram-me. A Ana foi chamar as empregadas, e quando olhei para o vidro transparente da sala, lá vinham elas. Cerca de 3 empregadas. Deixei o teste, a turma e desci as escadas, e fui guiada por elas em direcção do bar. E a caminho de lá olhei para o telemóvel, e vi uma mensagem tua, sem duvida que fiquei mais aliviada, mas o nervosismo já era tanto, que era quase impossível ter ligado alguma importância aquela mensagem. Pedi para vires ter comigo ao bar, não vieste. O que me deu ainda mais nervosismo. Não sei muito bem como consegui chegar aquele estado. Nunca tinha estado assim, durante tanto tempo. Tive no bar cerca de 5 minutos, quando olhei para os lados, estava rodeada de gente a olhar para mim. Senti-me envergonhada, não queria estar ali assim. Levantei-me sem dizer a alguém, e fui em direcção a rua, as empregadas aperceberam-se, e foram atrás de mim, levando-me para outro lugar, junto a secretaria. Chamaram a minha mãe, eu não queria que fizessem isso. Mas não tive outra opção se não dar o seu número. Fiquei lá mais alguns minutos, enquanto a minha mãe falava com as empregadas, e elas lhe explicavam a situação. As lágrimas continuaram a cair. Por muito que eu não quisesse que a minha mãe visse, elas teimavam em percorrer o meu rosto. A minha mãe agarrou na minha mala, e fomos embora. Até que chegamos ao carro. Entrei. E quando olhei para o campo de basketball, tu estavas lá, senti um alívio imenso em mim, mas ao mesmo tempo tristeza, por saber que tu sabias que eu precisava de ti naquele momento, e não foste ter comigo. Ainda agora, as lágrimas correm na minha cara, sem dar por elas. E neste momento só quero estar contigo, para me poder despedir de ti para um fim de semana, sem ti a meu lado :’$ enfim.

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